Há 25 anos atrás, no dia 12 de Junho de 1985, o então primeiro-ministro, Mário Soares, assinou o tratado de adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia. Portugal tinha perdido as Colónias 11 anos antes, após a famosa revolução de 25 de Abril de 74.
Portugal sofreu uma mudança abrupta nos desígnios do povo e dos seus governantes. O Portugal da ditadura era um império soberano e um ideal estratégico na mente dos chefes de governo de então; Portugal democrático seria o País livre, moderno, europeu, e a oportunidade dos sonhos de cada um de nós, dos que já foram e dos que virão.
Após 25 anos de Portugal na CEE cada um terá a sua opinião do valor que essa adesão teve para o País. Foi certamente positivo e com certeza não teríamos o avanço económico e social que conseguimos se nos resignássemos a ser um rectângulo solitário a ocidente da Europa. A adesão era essencial.
Não pode, no entendo, deixar de ser irónica a emigração que muitos portugueses fizeram e fazem para as antigas colónias, principalmente para Angola e Moçambique, em busca de melhores ordenados ou de um mercado em iniciação que tão boas perspectivas trás aos empresários (assim como a mão de obra barata). Faz-me lembrar um necrófago que deixa as suas terras ("as colonias") para se aventurar em um local árido e sem vida ("a europa") mas onde jaz uma grande quantidade de cadáveres mas que depois de comidos não se reciclam pelo que o animal tem de abandonar e regressar às suas origens onde a vida é sustentável.
Assim vai o nosso Portugal, sem sustentabilidade, sem uma estratégia, sem visão, numa Europa cada vez menos competitiva com o Mundo.
No passado dia 10 de Junho comemorou-se o dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas onde o Presidente da Republica mencionou a dificuldade dos tempos presentes mas alerta para todas as dificuldades que Portugal já passou desde sempre e como sempre os conseguiu ultrapassar. Talvez um melhor futuro neste País passe por uma visão estratégica entre estar na Europa com a firmeza necessária para assegurar os interesses de Portugal em vários campos como a agricultura, o turismo, a cultura, as pescas e todas as tecnologias inerentes ao mar e uma aliança com o passado com países como Angola já considerada entre as melhores ou a melhor, no que se refere a potencial económico.
so podias ser tu a escrever isto LOL
ResponderEliminarfalta aki uma pessoa da eskerda :D
beijos oh parolo
SUSANA - coviilhaaa xD
Contra Factos Não Há Argumentos.
ResponderEliminarBem Escrito, Bem Idealizado, Bem Concluído.
Abraço,
Francisco
"Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
ResponderEliminarDefine com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer —
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!"
É actual o poema... Falta-nos (portugueses) alguém que nos venha lembrar que temos que ser nós a fazer as coisas, não os outros. Só assím é que todas as dificuldades serão superadas.
a ideia do blog é boa, mas actualizem-no... bj* ;)
Ola Carla, obrigado pelo teu comentário.
ResponderEliminarQuero apenas responder ao teu desafio de actualização do blogue. Este blogue tem neste momento apenas 11 dias de vida o que dá mais ou menos um "post" por cada 5 dias se não contarmos a mensagem inicial, o que não é mau. Por outro lado as duas mensagens publicadas são bastante actuais, uma sobre o Mundial de Futebol que decorre presentemente (hoje até joga a selecção) e outro sobre os 25 anos de Portugal na CEE onde se mencionou até a comemoração do 10 de Junho. Pelo menos 1 vez por semana será publicada uma mensagem, vai estando atenta. Beijos e obrigado por participares, conto contigo!